O Anjo da Fátima, pintura de Roswhita Bitterlich Mosteiro de Santa Cruz, Fátima |
ANJO DA PAZ
Cem anos Já passaram desde o dia em que o Anjo de Fátima preparou os três pastorinhos, Lúcia, Jacinta e Francisco, para a revelação e mensagem de Nossa Senhora. Podemos dizer que o “sucesso” de Fátima se deve em boa parte aos bispos portugueses, pois intuitivamente compreenderam que a história da aparição de Fátima nos mostra as verdades evangélicas de uma forma simples e adequada ao nosso tempo. Ambas, tanto a aparição como a mensagem de Fátima, são um credo do catecismo popular. Isso refere-se em especial à aparição do Anjo de Fátima, que podemos chamar o "primeiro mistério" de Fátima, ja que a irmã Lúcia manteve o segredo dessas revelações perto de vinte anos. Que diferença dos falsos místicos que fazem questão de espalhar a sua história com rapidez espantosa!
Como a Mãe de Deus, também o Anjo apareceu seis vezes em Fátima. Nas três primeriras aparições, a Lúcia e as três outras meninas em 1915, ele nada disse. No decorrer do ano de 1916, deu orientações espirituais a Lúcia, a Jacinta e ao Francisco. Queremos apreciar de perto essas três últimas aparições por nos apresentarem um resume de teologia espiritual simples, mas profunda, tal como é possível ser encontrado na Sagrada Escritura e nos escritos dos santos. As últimas aparições não são só importantes do ponto de vista meramente histórico, mas também por causa do nosso anjo da guarda, que no seu esforço de nos iluminar e conduzir à santidade, age de forma semelhante ao Anjo de Fátima.
"Em 1972, Roswitha Bitterlich, artista estreitamente ligada ao mundo religioso, pinta um personagem angélico, em cores demonstradoras de reflexão acerca da mensagem de Fáfima relacionada com o culto dos Corações de Jesus e de maria. |...| Junto ás bem desenvolvidas asas do anjo, a pintora coloca uma folhagem de oliveira, o universal símbolo da paz, demonstrando assim, e uma vez mais, que aquele anjo é o que aparecera em Fátima no ano de 1916, chamando a atenção, entre outros aspetos, para esta cordidevoção. Com efeito, o anjo da visão dos pastorinhos intitulou-se de anjo da paz: "Não temais. Sou o anjo da paz." |...| Não obstante a exiguidade do cenário, a pintora consegue dividí-lo em duas partes, representando, no fundo do campo pictórico, um piso, composto de terra e de água. Se, por um lado, se poderá interpretar aquela divisão como uma referência á geomorfologia da terra portuguesa, por outro prisma, ou em coincidência de prismas, a chave de leitura deste quadro pode assentar nos versículos do último livro da Bíblia: AP 10,1-2-5.8» |Duarte, M.D.(2006). Arte Sacra em Fátima. Fátima, p.68).
Introdução de Pe William Wagner, ORG, O Anjo de Fátima - Paulus Editora, 2016.
Sem comentários:
Enviar um comentário